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Time onde Neymar começou, AASA completa 17 anos de títulos e tradição

Por Guilherme Uchoa

(Foto: Arquivo Pessoal/Denis Muniz)
A Associação Aprendendo a Ser Atleta (AASA) foi fundada em Santos em 1999 e, de lá para cá, já viu centenas de garotos vestirem sua camisa, passarem pelas mãos de seus treinadores e marcarem gols nas quadras de futsal da Baixada Santista. Entre todos esses meninos, entretanto, um deles merece um destaque especial: Neymar, astro do Barcelona (Espanha) e da Seleção Brasileira, deu seus primeiros chutes enquanto usava uma camisa da Portuguesa Santista (que na época tinha parceria com o AASA), quando ainda somava sete anos de idade.

Antes mesmo de atuar pelo Gremetal - onde sua carreira é mais conhecida - o atacante, que foi eleito terceiro melhor jogador do mundo de 2015 em premiação conferida pela FIFA, chegou a marcar 40 gols na temporada de 1999, carregando no peito os escudos do AASA e da Portuguesa Santista.

O consagrado jornalista esportivo Paulo Vinícius Coelho, em seu livro "Planeta Neymar - Um Perfil", confirma a história. "Em 1999, quando Betinho recebeu uma proposta para se transferir para a Portuguesa Santista, carregou junto com ele o pequeno talento. Ia dirigir o time de futsal e Neymar seria a grande estrela da equipe. A aventura no time de futsal da Portuguesa Santista, que tinha uma parceria com o time Asa, à época chamado de Asa-Portuguesa, duraria um ano. De lá, Betinho seguiu para o Gremetal e, novamente, levou Juninho com ele", escreve. 

Na última segunda-feira (11/1), dia em que o AASA completou 17 anos de existência, os atuais técnicos das categorias de base do time - e que também atuam na equipe principal - Rodrigo “Digão” de Freitas Cortegiano e Clayton “Balú” Santos dos Reis receberam a equipe do Passou Por Dois na quadra da escola de samba União Imperial (onde são realizados os treinos da equipe) para contar um pouco mais sobre a história do AASA, suas maiores conquistas, a busca por apoiadores e suas expectativas para a temporada 2016 do futsal da baixada.

Começo duro

A Associação Aprendendo a Ser Atleta foi fundada por Denis Muniz, que segue atuando como presidente e técnico do time principal, e Rodnei Magalhães, em 11 de janeiro de 1999. Digão, que na época jogava por outra equipe da região, garante que o início de trajetória não foi nada fácil. “O começo foi complicado. Eu jogava pelo Portuários e enfrentava o AASA, e era um time que só tomava ‘porrada’. No seu primeiro ano só tomou ‘porrada’, conta.

Time principal do AASA vice-campeão de 2015 da Taça Regional
(Foto: Richard Durante Jr)
Apesar disso, com o tempo o AASA foi ganhando mais espaço no cenário do futsal regional e nos últimos anos atingiu marcas relevantes. Com sua categoria principal, que existe há menos de quatro anos, a Associação foi campeã da Copa Lidesan de 2013, vice-campeã da Taça Regional e da Copa Lidesan de 2015 e terceira colocada na Copa Expresso do mesmo ano.

Hoje em dia, a equipe principal do AASA, assim como o time de campo, é comandada por Muniz, que já foi eleito melhor treinador da Baixada Santista em 2003 e 2004; enquanto que Rodrigo e Clayton se revezam no comando das categorias menores.

Além de Neymar, também já passaram pelo time o volante Anderson Carvalho (ex-Santos e atualmente no Boa Vista, de Portugal) e o lateral Giovanni Palmieri (que hoje em dia defende o Fluminense, do Rio de Janeiro).

Futuro promissor

Bernardo é a nova revelação do AASA
(Foto: Richard Durante Jr)
Um dos diferenciais do AASA, conforme explica Balú, é a boa transição que o time faz da categoria sub 17 para a adulta “Aqui no AASA nós fazemos a ligação do sub 17 com o principal. Então, os garotos gostam de vir para cá porque é difícil você ver um moleque de 17 anos jogando no principal. No ano passado, por exemplo, tivemos o Yuri e o Gabriel Gabirú. Portanto, o sub 17 e o principal são nossos dois principais times”, afirma. “No sub 16, a gente pega os jogadores mais “crús” para no ano seguinte estar pronto para disputar títulos no sub 17”, prossegue Clayton dos Reis.

Para as próximas temporadas, há pelo menos dois nomes que despertam maior esperança dos técnicos. Dieguinho, do sub 17 e que também atua pelo principal, e Bernardo, que com apenas quatro anos já chamou a atenção desde seu primeiro treino. "Ele chegou no final do ano passado e no primeiro dia que ele veio a gente viu que esse menino ia dar trabalho. Até os pais de garotos de fora olham e percebem que ele tem esse destaque. Esse menino, se tiver paciência, pode ‘dar um caldo", garante Balú. “Colocamos ele para jogar em uns jogos do sub 7 e ele já chegou a marcar três, quatro gols”, completa Digão.

Temporada 2016

No primeiro semestre deste ano, o AASA disputará a Copa Lidesan e a Copa Expresso na categoria principal. As equipes sub 16 e sub 17, por sua vez, jogarão a Copa Aberta, Copa Expresso e Copa Jabaquara; enquanto que sub 13 e sub 14 entrarão em quadra pela Copa Jabaquara, Copa Aberta e Copa Kids.

Parte dos troféus já conquistados pelo AASA nesses 17 anos de história (Foto: AASA)

Além da expectativa de levantar o maior número de taças possíveis, Digão espera conseguir para a base os mesmos patrocínios que conseguiram para o time principal, e que atualmente garantem que nenhum jogador tenha que tirar dinheiro do próprio bolso. “Hoje em dia eu carrego roupa, lavo roupa. A taxa de arbitragem os meninos ajudam a pagar, mas quando falta, eu tiro do próprio bolso. Portanto, estamos tentando conseguir patrocínio para ver se isso melhora”, explica.


Importância Social

Esse esforço todo se justifica diante da relevância que o AASA tem na vida dos garotos que usam seu uniforme, conforme afirma Rodrigo. “A maior importância que temos é de tirar esses meninos da rua, dar uma atividade para eles. Na escolinha, buscamos aperfeiçoar os fundamentos dos meninos e tentamos ensinar eles a conviver em grupo, para que eles não sejam jogadores de futebol lá na frente, mas sim um cidadão direito, com uma vida certinha e longe do mundo das drogas”.

Parceiros

Digão (à esquerda) e Balú (á direita) comandam a garotada do AASA
(Foto: Richard Durante Jr)
Para conseguir brigar por títulos e manter seus jogadores longe de más influências, o AASA conta com apoiadores para se manter firme no esporte. Há três anos foi feita uma parceria entre o time e a escola de samba União Imperial, localizada no Marapé, em Santos, que cede seu espaço duas vezes por semana para os treinos de todas as categorias do time, do sub 5 ao principal.

Diante da dificuldade em conseguir patrocínios para o projeto, Digão e Balú também fazem questão de ressaltar o auxílio prestado por Pitico (presidente da União Imperial), Marinho e Careca (diretores da escola), além dos atuais patrocinadores Mendes Tur, Só Churrascos, e Nunes & Grossi (na equipe principal) e Quintas Choperia (sub 17).

Ficha técnica

Nome: Associação Aprendendo a Ser Atleta (AASA)
Fundação: 11 de janeiro de 1999
Cores: Laranja e Preto
Local: Rua São Judas Tadeu, 20, Marapé, Santos (Escola de Samba União Imperial)
Escolinha: Para realizar inscrições, comparecer à quadra da Escola de Samba União Imperial, às segundas e quartas, a partir das 16 horas
Na internet: Perfil “AASA Principal” e Página “AASA/União ''Associação Aprendendo a ser Atleta"”, ambos no Facebook, e blog www.denismuniz.blogspot.com.br    
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